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10/03/2022

SBU, Ministério da Saúde e CFM realizam nesta sexta-feira I Fórum de Prevenção do Câncer de Pênis

Mutirão de cirurgias de fimose realizado pela SBU em 12 estados em fevereiro contou com mais de 240 procedimentos

Apesar de raro no mundo, o câncer de pênis é uma triste realidade no Brasil, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. Durante o mês de fevereiro, a Sociedade Brasileira de Urologia realizou uma forte campanha de conscientização da doença, que vai culminar com a realização, em parceria com o Ministério da Saúde e o Conselho Federal de Medicina, do I Fórum de Prevenção do Câncer de Pênis no âmbito da Atenção Primária à Saúde nesta sexta-feira, dia 11, das 8h às 12h30, por transmissão on-line.

O evento, voltado para coordenadores estaduais de Saúde do Homem, profissionais de saúde da Atenção Primária, vai reunir representantes da SBU, Ministério da Saúde, INCA, CONASEMS (Conselho Nacional de Secretarias Municipais), CONASS (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde).

“Queremos aproveitar o sucesso e a visibilidade da campanha realizada em fevereiro para fomentar mais debates ainda sobre o tema e melhorar as estratégias de atendimento do homem na atenção básica”, destaca o presidente da SBU, Dr. Alfredo Canalini, acrescentando: “a SBU pode auxiliar o Ministério da Saúde fazendo todo o treinamento de agentes de saúde, mesmo que não haja urologista no município, treinar o agente, o enfermeiro, os médicos de família para que possam identificar as lesões ou então a fimose e fazer o encaminhamento necessário”.

O câncer de pênis começa de forma assintomática com pequenas lesões que não se curam. De acordo com o Sistema de Informações Hospitalares (SIH/Datasus) do Ministério da Saúde, nos últimos 14 anos foram registradas 7.213 amputações do órgão pela doença.

“Como o câncer de pênis é muito pouco conhecido, o paciente negligencia. Passa uma pomada e não procura ajuda médica. Por isso sempre ressaltamos que lesões que não cicatrizam podem ser câncer de pênis. Se a lesão não cura em um mês, tem que fazer a biópsia. O Fórum é muito importante para iniciar a desmistificação desse problema. É uma porta aberta para a discussão da saúde peniana de uma forma geral”, avalia o coordenador do Departamento de Uro-Oncologia da SBU, Dr. Ubirajara Ferreira.

“Apesar de a SBU estar atuando de forma sistemática nessa luta desde pelo menos 2007, esse I Fórum de Câncer de Pênis, em que pela primeira vez se unem as forças da nossa Sociedade, as do Ministério da Saúde e do CFM, representa um marco importantíssimo no combate a essa doença dramática e devastadora para o homem. Nossa expectativa é que os debates e as contribuições possam trazer luz a novas ações e perspectivas para vencermos logo esse câncer que, infelizmente, o país ainda amarga uma das principais lideranças de incidência no mundo.” Diz a Diretora de Comunicação da SBU, Dra. Karin Anzolch.

Mutirão de cirurgias de fimose

No mês de fevereiro, médicos da SBU realizaram cerca de 240 cirurgias de fimose em mutirões em 12 estados: Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Rondônia, Piauí, Pará, Amazonas, Tocantins, Espírito Santo, Bahia e Sergipe.

“O resultado da nossa campanha mostra que os urologistas estão incomodados com o tratamento que dispomos para o câncer de pênis, que são tratamentos mutilantes, mostra que a urologia brasileira se preocupa com a atenção básica, com a prevenção, mostra que os urologistas, quando chamados pelo poder público, pela população ou sociedade, em prol de uma causa justa e nobre de investir seu tempo em um procedimento que não tem retorno financeiro, um procedimento simples, delicado, dentro de um momento de pandemia, não fogem à sua função. Conseguimos fazer mais que o dobro de cirurgias do esperado inicialmente”, afirma o supervisor da Disciplina de Câncer de Pênis da SBU, Dr. José de Ribamar Rodrigues Calixto.

O I Fórum de Prevenção do Câncer de Pênis pretende discutir quatro principais vertentes: financiamento público para atenção básica, capacitação profissional, a importância da prevenção com cirurgia de postectomia e vacinação para o HPV e a remuneração pela cirurgia de postectomia. “É preciso conscientizar os pais de que a vacina do HPV reduz a chance de se contaminar com o vírus, que precipita o aparecimento do câncer de pênis quando está somado a uma fimose”, destaca Dr. Calixto.

Para o diretor da Escola Superior de Urologia, Dr. Ubirajara Barroso Jr., o Fórum traz luz a um problema que tem estado de certa forma invisível e tem afetado tantos homens de forma letal ou indelével. “A partir daí, políticas públicas poderão ser construídas para reduzir a incidência do câncer de pênis, por meio da educação em higiene masculina e controle do HPV, mas também agir no diagnóstico precoce da doença. A Escola Superior de Urologia, que cuida das atividades científicas e acadêmicas da SBU, fará o esforço necessário para construir uma via efetiva de educação a pacientes, médicos da atenção básica e aos próprios urologistas. Com educação estimula-se o autocuidado dos pacientes, fazendo com que pacientes e médicos reconheçam o câncer de pênis em estágios iniciais e que os urologistas conheçam as principais e mais eficazes ferramentas terapêuticas.”

Os especialistas esperam que ao final do Fórum seja feito um encaminhamento para que ações sejam tomadas com vistas a mudar o cenário brasileiro da doença. Em 2021 a SBU assinou um termo de cooperação técnica com o Ministério da Saúde e um dos focos é justamente o combate ao câncer de pênis. Nos últimos quatro anos foram registrados 8.225 casos de câncer de pênis no país, segundo o SIH/Datasus.

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