Até 16 de fevereiro está aberta no site da ANS a consulta pública nº 91 sobre atualização do rol da ANS, que trata da incorporação da darolutamida para o tratamento de pacientes com câncer de próstata não metastático resistente à castração (CPRCnm).
A comissão da ANS apresentou parecer inicial favorável à incorporação da tecnologia. E a Sociedade Brasileira de Urologia, com o intuito de melhorar o atendimento dos pacientes portadores de câncer de próstata, é favorável à incorporação desse tratamento no rol da ANS.
Fundamentos dessa manifestação:
O paciente com câncer de próstata não metastático resistente à castração (CPRCnm) apresenta aumento do antígeno prostático específico (PSA), apesar da terapia de privação androgênica, sem apresentar metástases nos exames de imagem. O tratamento adequado do paciente com CPRCnm posterga a fase chamada metastática e resistente à castração, que representa a derradeira fase da história natural do câncer de próstata avançado, com alta letalidade e morbidade secundária às lesões metastáticas.
Dessa forma, a Sociedade Brasileira de Urologia é a favor da recomendação pela incorporação de darolutamida no Rol da ANS, uma vez que o estudo ARAMIS (Fizazi K, Shore N, Tammela TL, Ulys A, Vjaters E, Polyakov S, et al. Nonmetastatic, Castration-Resistant Prostate Cancer and Survival with Darolutamide. N Engl J Med. 2020;383(11):1040–9.) apresentou dados robustos de eficácia, com tolerabilidade e segurança distintos, além de menor potencial de interações medicamentosas de sua classe.
Ressaltem-se os seguintes dados de eficácia:
– Sobrevida livre de metástase: ganho absoluto de 22 meses de SLM favorecendo darolutamida, com uma redução de risco de desenvolvimento de metástase ou morte de 59%.
– Sobrevida Global: darolutamida reduziu o risco de morte em 31% em comparação ao placebo.
Essa proposta apenas adiciona mais uma opção ao arsenal terapêutico do urologista com uma medicação oral com dados de eficácia similares aos de outros agentes já incorporados, com uma tolerabilidade benéfica ao paciente e sem custos adicionais ao sistema de saúde. A incorporação dá maior autonomia à conduta médica do urologista, que poderá escolher mais uma opção para tratar o paciente com câncer de próstata avançado.
Como colaborar
Para contribuir, acesse o site: https://www.ans.gov.br/participacao-da-sociedade/consultas-e-participacoes-publicas/52-participacao-da-sociedade/consultas-publicas/6289-consulta-publica-n-91
- Desconsidere/clique no “x” no pop-up que aparecerá.
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