Dividir-se entre as tarefas de médica e mãe é um grande desafio para muitas mulheres urologistas, mas o amor pela carreira e pelos filhos faz com que elas se empenhem mais a cada dia.
Para homenageá-las neste Dia das Mães, a SBU convidou algumas urologistas para contar sobre as mudanças que a maternidade proporcionou em suas vidas e como conciliam a carreira profissional com o papel de mãe.
“A Maya, minha filha de 6 meses, chegou para mudar minha vida de mulher e médica. Nossa carreira faz com que alguns de nossos planos sejam adiados. Fui mãe aos 33 anos e me pergunto por que não fui antes! Acho que nasci para ‘maternar’. Hoje, nossas vidas (minha e do meu marido, também urologista) giram em torno dessa pequena, com alguns obstáculos que contornamos e por vezes temos que nos contorcer: ela não mama na mamadeira, só quer a mamãe, e então concilio a jornada de consultório com a volta (corrida!) para casa para ela mamar. Sei que é uma fase e por isso todo esforço é válido! Desejo um feliz Dia das Mães para todas a urologistas mães da SBU. Vocês são incríveis, parabéns!”
Dra. Mayra Tuboi (SP), mãe da Maya
“Como conciliar a Urologia e a maternidade? Essa é uma pergunta que não tem resposta simples, pois nenhum dos caminhos vem sem perda. E o que mais “perdemos” é o tempo. Se nos dedicamos mais ao trabalho, estamos mais distantes dos filhos. E o inverso é verdadeiro: se nos dedicamos mais aos filhos, estamos mais distantes do trabalho. Talvez essa balança nunca fique tão equilibrada. E talvez nem deva mesmo! O tempo é dinâmico. Há momentos em que os filhos precisam mais de nós. Em outros, é o trabalho que precisa mais da nossa dedicação. Mais importante do que o equilíbrio exato dessa balança é ter tempo de qualidade em qualquer um dos lados no qual estamos vivendo! O grande desafio de conciliar a Urologia e a maternidade está em descobrir, na individualidade de cada uma, qual dos pratos da balança deve pesar mais no momento pelo qual estamos passando.”
Dra. Denise Sbrissia Gouveia (SP), mãe da Clara e do Lucas
“Terminei minha residência médica em janeiro de 2009. Só pensava em trabalhar e me aprimorar. Decidi ser mãe somente em 2015. Nunca imaginei que o amor pudesse ser tão sublime como o de mãe. É um amor incondicional. Gostei tanto desse universo que tive mais duas filhas (uma em 2018 e outra no finalzinho de 2020). A rotina é bastante agitada para quem é mãe de três meninas. Conciliar o trabalho e família é um malabarismo diário, mas o realizamos com tanto amor. É extremamente gratificante. Profissionalmente, estou realizando pós-graduação em cirurgia robótica. Ou seja, com paciência, foco e amor conseguimos ser multitarefas e fazer coisas inimagináveis.”
Dra. Silvana Sales de Deus Barbosa (PI), mãe da Milena, da Louise e da Celina
“Eu e meu marido Rodrigo Beserra Sousa somos urologistas e nos casamos em 2015. Abílio nasceu quatro anos depois, após nosso retorno para nossa cidade natal (Teresina). Quando Abílio completasse um ano tínhamos planos de engravidar novamente, mas aí veio a pandemia e decidimos adiar. Quando vimos que estava longe ainda de acabar isso tudo resolvemos ir em frente com nosso sonho! E hoje estou com 25 semanas gravidíssima do Davi e muito feliz por ver nossa família crescendo e o amor se multiplicando. Ser mãe é inexplicavelmente maravilhoso, apesar de todos os desafios diários dessa grande missão, é um grande privilégio poder gerar um filho e ter sua vida iluminada pela presença deles!”
Dra. Marília Buenos Aires (PI), mãe do Abílio e do Davi
“Ser mãe é conhecer o real significado do que é o amor. É amar da maneira mais sublime e altruísta. É deixar a própria vida em segundo plano e sentir-se realizada através do outro. É descobrir que a felicidade é dependente e depende de um coração que bate fora do peito.”
Dra. Bárbara Vieira Lima Aguiar Melão (AM), mãe da Isabela
“Neste momento tão difícil de nossas vidas, em especial das vidas das mães médicas, que deixam suas casas para trabalhar em situações de risco e além do medo de voltar e contaminar os seus tem todos os temores do seu trabalho, do seu dia a dia e das dificuldades que o momento representa, fui presenteada com o maior presente que uma mãe médica pode ter. Sem que nada nem ninguém pedisse ou determinasse, mas por escolha própria, mesmo vendo tudo e participando de toda a minha trajetória de cada dia na medicina e na urologia, Paulo, meu filho, optou pela medicina e foi este ano aprovado em cinco das melhores faculdades de medicina de nosso país e inicia seu curso na USP de Ribeirão Preto, cidade onde concluí meu doutorado em 2010, onde nasceu, onde vivi toda a minha infância e onde com certeza fará uma linda história de realizações nessa dura e bela profissão. Isso nos traz esperança e a certeza de quem sempre há um novo sol a cada dia e que temos que continuar porque o médico é um artista que não para nunca, sobretudo nos piores momentos. Sempre a postos e em frente, a serviço da vida!”
Dra. Ana Paula Bogdan (SP), mãe do Paulo
“Desde os tempos mais remotos de que tenho lembrança sempre quis ser mãe. Mesmo quando eu e minha irmã trocávamos as bonecas e nos tornávamos policiais para prender os bandidos; ou quando queria ser astronauta, ou arqueóloga, ou jogava futebol com meus irmãos. Quando finalmente optei pela árdua carreira médica, cheguei a me imaginar encontrando os meus filhos entre os gerados em outros ventres, nas inúmeras situações de abandono e privação que deveria encontrar nos países em vulnerabilidade social em que me imaginava atuando. Mas quando finalmente me encantei pela cirurgia e, em seguida, pela Urologia, cheguei a temer que meu sonho jamais fosse se tornar realidade, sobretudo porque não tinha muitos modelos próximos em quem pudesse me espelhar e não fazia ideia de como poderia conciliar papéis tão demandantes ao mesmo tempo. Sem falar nas condições financeiras e emocionais que todos precisamos para criar um filho, a idade reprodutiva limitada de uma mulher muitas vezes torna esse sonho um pouco mais complicado de se realizar. E há ainda a formação profissional longa e exigente e a oportunidade de encontrar alguém com quem se divida amor e sintonia e que também tenha desejo de formar uma família. E trabalhando tanto muitas vezes nem se vê o tempo ou as oportunidades passarem. Mas talvez realmente estivesse escrito nas estrelas, ou a força do querer tenha sido determinante. Não posso dizer que tenha sido fácil, nem mesmo óbvio, conciliar profissão, maternidade e família. Mas não tenho dúvidas de que foi a escolha mais acertada para mim. E aí estão elas para me dar tanto orgulho, amor e alegria.”
Dra. Karin Marise Jaeger Anzolch (RS), mãe da Marcelle (ginecologista obstetra e fellow em uroginecologia) e da Danielle (acadêmica de psicologia)

Dra. Alessa Machado (SP) e Maria

Dra. Thais Tinti (SP) e Lis

Dra. Samar Haidar (SC) e Benicio

Dra. Rhaiana Gondim (DF) e Henrique

Dra. Regina Pacis Nogueira (PE) e Lucas

Dra. Patricia Canelas (MA) com Maitê e Bettina

Dra. Maria Claudia Bicudo (SP) com Felipe e Pedro

Dra. Juliana Adorno Rosa Belaidi (GO) e Anita

Dra. Fernanda Pimentel (BA) e Luísa

Dra. Catiucia Hommerding (RS) com Clara e Lucas

Dra. Carolina Silva Figurelli (RS) e Sofia

Dra. Andrezza Sanny Lima Pereira (RN) e Ana Clara

Dra. Livia Portela (DF) com Pedro e Antonio

Dra. Ana Franscisca Mazzotti (RS) com Eduardo e Isadora

Dra. Miriam de Toni Abboud (RS) e Antonella

Dra. Ângela Vanzella Ribeiro Zibordi (SC) com Ayla e Antônio

Dra. Franscine Gerson Carvalho (RS) e filha Helena
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