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23/08/2024

Mpox volta a ser classificada como emergência sanitária

Tags: mpox

Uma nova variante do vírus mpox foi detectada no continente africano e a doença voltou a ser classificada pela OMS como uma emergência sanitária global. O infectologista Dr. José Valdez Madruga (SP), coordenador do Comitê Científico HIV/Aids e ISTs da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), esclarece nesta entrevista exclusiva à SBU as principais dúvidas sobre o vírus. Confira:

Quais as principais diferenças dessa nova variante mpox em relação à anterior?

Esta nova variante causa casos mais graves e não responde ao tratamento com tecovirimat.

A mpox pode ser considerada uma IST?

⁠Sim. Mpox é considerada uma IST, mas também pode ocorrer transmissão não sexual.

Há lesões que podem ser consideradas como suspeitas ou características quando encontradas na área genital?

⁠Sim. As lesões suspeitas são bem características. Causam pápulas que depois se transformam em pústulas, muitas vezes com umbilicação central e depois formam crostas. Podem ser dolorosas ou não. Podem ocorrer na região genital, no ânus ou em qualquer parte do corpo. Inclusive em mucosas. Boca e olhos. Podendo causar cegueira.

Quem é mais propenso a adquirir o vírus?

A infecção ocorre com maior frequência em homens que fazem sexo com homens, com múltiplos parceiros, portadores de HIV ou não e nos usuários de PrEP. Mas, também pode ocorrer em heterossexuais de ambos os sexos, inclusive em crianças.

Qual o tratamento para a doença?

⁠No momento só temos um único tratamento específico. O medicamento tecovirimat e ele só está disponível em estudos clínicos. Temos tratamento sintomático com analgésicos.

Quais medidas podem ser adotadas para evitar o contágio?

⁠Evitar o contato com pessoas portadoras de lesões de pele. Evitar aglomerações e principalmente diminuir o número de parceiros sexuais.

Além as erupções na pele, o vírus pode causar outras complicações mais graves?

⁠Sim. O vírus também causa sintomas gerais como febre, cefaleia, astenia e aumento de linfonodos. Pode causar formas graves, podendo levar à cegueira e até mesmo à morte.

Há risco de o vírus chegar a outros países fora da África?

⁠Sim. No mundo globalizado as infecções se disseminam rapidamente.

⁠A vacina será destinada a qual população neste momento?

⁠No momento, não temos vacina disponível no Brasil. Mas ela é mais indicada para a população mais afetada pela doença, pessoas com múltiplos parceiros sexuais, principalmente os homens que fazem sexo com homens. HIV positivos ou não e usuários de PrEP.


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