Confira respostas de membros de departamentos da SBU sobre os destaques do CBU 2025.

“Na Terapia Focal, tivemos a maior carga horária dos últimos CBUs. Um tutorial, um curso teórico e um prático e uma plenária. Trouxemos dois grandes nomes mundiais da TF para CaP: Sebastian Crouzet e José Escrig!”

Dr. Stênio Zequi - Disciplina de Terapia Focal

“O NMIBC vem sendo tratado cada vez melhor, seguindo protocolos e técnicas mais apuradas como as ressecções en bloc e a laser. A BCG segue demonstrando resultados muito eficientes, e novas opções para pacientes associadas a BCG ou após a falha de BCG têm emergido. Ha, no entanto, ainda um grande gap entre os protocolos e a prática clínica. Para a doença músculo invasiva, a quimio-imunoterapia perioperatória segue como padrão, embora a associação de imunoterapia e anticorpos conjugados a drogas devem entrar em cena nos próximos meses. Quanto à cirurgia, a cistectomia robótica e derivações intracorpóreas têm mostrado grandes benefícios, além da cirurgia aberta, que permanece como uma boa alternativa. A linfadenectomia padrão deve ser a standard, interessando vasos ilíacos internos e externos e cadeia obturatória.

Para o tratamento da doença metastática, a combinação de pembrolizumab e enfortumab vedotina é o padrão em primeira linha quando disponível, alternativamente à quimioterapia. Outros aspectos importantes são as necessidades que temos atualmente de aumentar o acesso e a realização de cistoscopias, incluindo a busca por melhor remuneração do urologista por estes procedimentos.”

Dr. Fernando Korkes - Disciplina de Câncer de Bexiga

“Impressionou o crescente interesse dos urologistas por Andrologia, com sessões consistentemente lotadas. A programação extensa de Andrologia foi elogiada, com opções atrativas em todos os turnos. Debatemos temas práticos — inclusive estética genital — com ética e rigor; consolidou-se a ideia de que o urologista deve liderar esse campo, ciente dos desafios e da necessidade de mais evidência. Ficou claro: é essencial aprimorar habilidades clínicas e atuar de forma multidisciplinar para qualificar a comunidade urológica no cuidado da saúde sexual e reprodutiva masculina.”

Dr. Eduardo Miranda - Disciplina de Reprodução

“O CBU 2025 consolidou a importância do transplante renal como área de atuação específica da Urologia, de suma importância na formação do residente, dando a oportunidade também de demonstrar a utilização de novas plataformas de acesso no implante renal. Tutorial, curso e plenária foram muito prestigiados, inclusive com a participação de convidados internacionais.”

Dr. Arilson de Carvalho – Departamento de Transplante Renal

“Congresso de altíssimo nível científico, que permitiu a todos os urologistas se atualizar no que há de mais recente na prática urológica em seu dia a dia. E demonstrou o que ainda está por vir no diagnóstico e tratamento clínico-cirúrgico da HPB.”

Dr. Rodrigo Loureiro - Disciplina de HBP

“Consolidação da cirurgia robótica no tratamento primário das neoplasias de próstata como modalidade com maior potencial de preservação funcional - aguardamos a padronização do método nos sistemas de saúde suplementar e no SUS.”

Dr. Gustavo Carvalhal - Disciplina de Câncer de Próstata

“O Departamento de Uropediatria da SBU apresentou um programa amplo, inovador e alinhado às demandas atuais da especialidade. Como parte das atividades do Novembrinho Azul da SBU, realizamos uma ação social no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em parceria com médicos locais, atendendo 250 crianças do SUS. A iniciativa incluiu ainda uma pesquisa inédita sobre percepção genital na infância, acompanhada de avaliação antropométrica. O programa contou com duas sessões conjuntas com sociedades urológicas de referência mundial: Society for Fetal Urology (SFU) – em sua primeira participação fora dos EUA; International Children’s Continence Society (ICCS) – com forte participação da fisioterapia. Essas atividades reforçaram a importância da colaboração global na atualização científica em uropediatria. Apresentamos os resultados da ação social e realizamos, na sessão plenária, um alerta sobre o uso abusivo de terapias hormonais na infância. Além disso, casos clínicos desafiadores foram debatidos em um fórum voltado aos urologistas gerais, promovendo troca de experiência e educação continuada. Foram oferecidos três cursos de grande adesão: Hipospádias; e dois inéditos: Dermatologia Genital e Point-of-Care Ultrasound (POCUS) para urologistas, ambos recebendo excelente participação e avaliação.”

Departamento de Uropediatria