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16/11/2025

Veja o que foi destaque no segundo dia do CBU 2025

Tags: CBU 2025

Avanços tecnológicos para tratamento de cálculos renais grandes e complexos

Em uma análise aprofundada sobre o tratamento de cálculos renais grandes e complexos, Dr. Thomas Tailly, do Hospital Universitário de Ghent, defendeu a técnica de Nefrolitotripsia Percutânea Endoscópica combinada com bainha de aspiração como uma abordagem eficaz e segura. A apresentação destacou a evolução das técnicas percutâneas, culminando em uma solução que maximiza a taxa de sucesso enquanto minimiza as complicações.

Historicamente, a Nefrolitotripsia Percutânea (NLP) padrão, embora eficaz, está associada a riscos significativos de sangramento devido ao uso de trajetos largos e múltiplos, podendo exigir transfusões e outros procedimentos para controle do sangramento. Em contrapartida, utilização de instrumentais cada vez menores conhecidos como mini-NLP demonstrou reduzir a perda de sangue, mas pode exigir múltiplos trajetos e um tempo cirúrgico prolongado para cálculos maiores.

Dr. Tailly enfatizou que a combinação de abordagens, conhecida como Cirurgia Intrarrenal Endoscópica Combinada (ECIRS), já demonstra uma taxa superior de pacientes livres de cálculo e menor taxa de complicações.

A evolução final é a adição de um sistema de aspiração ou vácuo-assistência.


Influência de fatores genéticos e de estilo de vida na Hiperplasia Prostática Benigna (HPB)

Dr. Alberto Ambrogini apresentou que a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) é o resultado de uma complexa interação entre predisposição genética, modificações do meio e fatores ambientais sobre nossas células.

Fatores de risco modificáveis

O Conjunto de Problemas de Saúde: excesso de gordura na barriga, triglicerídeos altos, pressão alta, açúcar no sangue elevado e colesterol bom (HDL) baixo podem influenciar na evolução da doença. Todos os componentes dessa síndrome, individualmente, já aumentam o risco.

A falta de sono pode acelerar o crescimento da próstata porque bagunça as respostas de inflamação e do sistema de defesa do corpo. Dormir menos que 7-9 horas por noite está ligado a um risco quase duas vezes maior de ter HPB.

O exercício age como um protetor no nível mais básico das células. Reduz os danos causados pelo excesso de açúcar no sangue e regula a inflamação no corpo.


Melhorando os resultados funcionais no tratamento de câncer de próstata com cirurgia

Dr. Petr Macek, do Institut Montsouris, apresentou uma análise detalhada sobre como otimizar os resultados funcionais (continência e função erétil) na prostatectomia radical (PR) robótica sem comprometer os resultados oncológicos. O objetivo é alcançar a "pentafecta": ausência de recidiva bioquímica, margens cirúrgicas negativas, sem complicações, continência e potência.

Segundo Dr. Macek, o sucesso funcional depende de um profundo conhecimento anatômico e da aplicação meticulosa de técnicas de preservação e reconstrução, adaptadas à doença e à anatomia de cada paciente.

Fatores técnicos cruciais para melhores resultados:

Preservação de Estruturas (colo vesical, comprimento da uretra ≥ 14-15 mm ou estruturas laterais – fáscias, ligamentos e nervos)

Passos e fundamentos cirúrgicos: Acesso via Posterior (Retzius-sparing) preserva as estruturas anteriores, resultando em melhores resultados funcionais; Lateral: Técnicas como a "Gaston (French)" e "Igloo" focam na preservação do complexo pubovesical; e predominância de dissecção, cirurgia com mínima energia e tração.

Reconstrução anatômica: fechamento das fáscias anterior e posterior e do suporte da uretra.


Avanços nos tratamentos de câncer de próstata no Sistema Único de Saúde (SUS)

Instituto Nacional de Câncer (INCA) está na vanguarda do tratamento do câncer de próstata no Brasil. Dr. Franz Campos, chefe do Serviço de Urologia do INCA, apresentou os resultados impressionantes de um modelo.

Diante da estimativa de que os casos e mortes por câncer de próstata devem dobrar até 2040, o INCA agiu de forma estratégica. Em 2018, criou o Centro de Diagnóstico do Câncer de Próstata (CDCP/INCA) com um foco claro: encontrar a doença mais cedo.

O modelo CDCP mudou essa história, integrando todo o cuidado do paciente em um só lugar, desde a suspeita até a cirurgia de alta complexidade:

• Identificação rápida: O processo começa quando um homem na rede pública tem um exame de sangue (PSA) alterado superior a 4 ng/dL já é encaminhado para o centro.

• Diagnóstico de precisão: investigação completa, incluindo biópsia e análise integrada, com foco total na rapidez no resultado.

• Acesso à tecnologia: O modelo garante que pacientes com indicação recebam cirurgia robótica nesse serviço, uma técnica avançada que é menos invasiva, tem recuperação mais rápida e oferece melhores chances de cura.

Em uma análise com mais de 7.500 pacientes, o CDCP identificou que: 60% dos casos eram de alto risco e 30% de risco intermediário, reforçando a necessidade da intervenção precoce. Atualmente, 386 pacientes de baixo risco estão sendo acompanhados de perto (vigilância ativa), para sofrerem intervenção clínica ou cirúrgica no momento ideal, evitando complicações do tratamento.

Dr. Franz Campos conclui que a união entre detecção precoce, diagnóstico rápido e tecnologia de ponta está qualificando a jornada do paciente no SUS.

Texto: Dr. Henrique Vieira


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