Confira o relato de Cid Ferreira, submetido a uma nefrectomia radical do rim direito
Em 22 de dezembro de 2011, acordei sentindo uma dor lombar no lado esquerdo. Na época eu trabalhava no controle de infecção hospitalar, tendo contato diário com médicos infectologistas. Ao relatar meu desconforto a um deles, foi solicitada uma ecografia da região. O exame revelou a presença de um nódulo sólido ligeiramente hiperecogênico no terço superior, face anterior do rim direito, medindo 3,5 x 2,5 cm. Esse achado incidental não estava relacionado à minha dor original no lado esquerdo.
Após esse resultado, o médico sugeriu uma tomografia para uma avaliação mais detalhada, a qual foi realizada em 04 de janeiro de 2012 na Santa Casa de Misericórdia. O exame confirmou a presença de uma lesão nodular sólida, com aproximadamente 3,8 x 2,9 cm, levantando a possibilidade de neoplasia renal primária. Esse diagnóstico inesperado gerou uma mistura de negação, incredulidade e o confronto com a possibilidade de algo grave.
No mesmo dia, entrei em contato com meu urologista, que prontamente me orientou a comparecer em seu consultório. Foi então que recebi a notícia da necessidade de intervenção cirúrgica para lidar com a situação. Foram realizados exames pré-operatórios, incluindo uma cintilografia renal DMSA, que indicou uma função renal relativa RE 47,7% e RD 50,3%.
A cirurgia, que ocorreu em 28 de janeiro de 2012 no Hospital Moinhos de Vento, foi conduzida de acordo com os protocolos padrão. Inicialmente, foi realizada uma retirada parcial do rim direito, tentando preservar parte do órgão. No entanto, após a análise do tecido renal, descobriram-se margens comprometidas, resultando na necessidade de uma segunda cirurgia, que ocorreu em 05 de fevereiro de 2012, dessa vez uma nefrectomia radical. Na época eu estava com 44 anos.
Após a segunda cirurgia, houve um período de recuperação de aproximadamente 20 a 30 dias, dentro do esperado. Nos anos seguintes, convivi com a incerteza de recidiva, tendo que me adaptar à função do rim esquerdo e lidar com o medo constante de prejudicar meu único rim.
Minha experiência me ensinou a valorizar a importância da saúde preventiva. Realizar exames de rotina, manter hábitos saudáveis e buscar equilíbrio na vida são essenciais. Mesmo sendo uma pessoa que seguia essas diretrizes, o câncer renal foi um alerta sobre a importância de cuidar de si mesmo e nunca subestimar a saúde.
Nunca devemos ignorar os sinais que nosso corpo nos dá. Cuidar da saúde não significa apenas reagir a algo, mas sim antecipar possíveis problemas para agir preventivamente. Minha jornada de enfrentamento do câncer renal me mostrou a importância de ser proativo em relação à nossa saúde, e de nunca subestimar o poder da prevenção.
Atualmente tenho uma vida normal, acompanhamento médico, pratico natação e aproveito cada momento.
Cid Tubino Ferreira, 56 anos, funcionário público
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