Novas perspectivas na relação entre a SBU e a EAU em 2024
A SBU se fez presente no congresso anual da Associação Europeia de Urologia (EAU), que aconteceu no Centro de Convenções de Paris, França, entre os dias 5 e 8 de abril. De acordo com dados da EAU, o congresso anual contou com a presença de mais de 11 mil urologistas de todo o mundo. A reunião institucional entre a SBU e a EAU aconteceu no dia 8 de abril e trouxe novas perspectivas na relação entre as sociedades.
A comitiva brasileira contou com o Dr. Luiz Otávio Torres (presidente da SBU), Dr. Roni Fernandes (diretor da Escola Superior de Urologia e presidente eleito da SBU), Dr. Márcio A. Averbeck (diretor da Comissão de Relações Internacionais da SBU) e Dr. Rodrigo Frota (membro da Comissão de Relações Internacionais). Representando a EAU, estiveram presentes na reunião o Dr. Arnulf Stenzl (secretário-geral da EAU), Dr. Jens Sonksen (tesoureiro da EAU), Jacobijn Sedelaar-Maaskant (gerente da Escola Europeia de Urologia), Jacqueline Roelofswaard (gerente executiva de Assuntos Operacionais) e Susanne Buijs (coordenadora de Relações Internacionais). Os dados da participação brasileira no congresso EAU24 foram apresentados no início da reunião. Atualmente, a EAU tem 222 membros ativos do Brasil. O número de urologistas brasileiros participando do EAU24 foi de 104 congressistas.
Dr. Márcio Averbeck traçou um panorama das atividades atualmente desenvolvidas em conjunto entre a SBU e a EAU, incluindo a presença de palestrantes europeus nos eventos oficiais da SBU (Congresso Brasileiro de Urologia e Congresso Paulista de Urologia) e a tradução periódica do livro de bolso das diretrizes da EAU (Pocket Guidelines) para a língua portuguesa. Aliás, as traduções regulares das diretrizes da EAU para o português foram iniciadas no ano de 2012, como uma das iniciativas da Comissão de Relações Internacionais da SBU, sendo os livros impressos e distribuídos aos membros da SBU durante eventos oficiais. A EAU concordou em manter essa iniciativa. Sendo assim, teremos em 2024, pela sétima vez, uma edição do livro traduzido para língua portuguesa pela SBU. Dr. Stenzl também mencionou que a EAU desenvolveu um aplicativo para facilitar o acesso dos urologistas aos textos das diretrizes. Dr. Averbeck solicitou a possibilidade da inclusão dos textos traduzidos para a Língua Portuguesa nesse aplicativo.
Em relação à presença da EAU nos eventos oficiais da SBU, Dr. Stenzl e Dr. Sonksen concordaram em manter a iniciativa. A EAU encaminhará neste ano uma comitiva ao Congresso Paulista de Urologia, que acontecerá entre os dias 4 e 7 de setembro no WTC Events Center. Em 2025, uma comitiva europeia virá para o Congresso Brasileiro de Urologia, que ocorrerá em Florianópolis (SC).
Dr. Luiz Otávio Torres trouxe um histórico de atividades desenvolvidas entre a SBU e a EAU antes da pandemia. Uma iniciativa que, infelizmente, foi descontinuada pela EAU durante a pandemia foi o programa de intercâmbio. Esse programa permitia que um médico urologista brasileiro, em início de carreira, pudesse acompanhar um centro de excelência europeu por tempo limitado e também participasse do congresso anual da EAU. Em contrapartida, um urologista europeu poderia acompanhar um centro de excelência no Brasil e participar do CBU (ou do Congresso Paulista). Dr. Torres e Dr. Stenzl concordaram que retomar esse programa é uma excelente oportunidade para aproximar os urologistas brasileiros da EAU e vice-versa. Contudo, a manutenção do intercâmbio dependerá da busca de patrocinadores para custear o programa.
Dr. Averbeck discutiu a possibilidade da estruturação de um programa científico para urologistas de países de língua portuguesa durante o congresso anual da EAU. A intenção seria trazer à tona os contrastes existentes na prática da urologia em diferentes regiões do globo, em comparação com as práticas europeias. Adicionalmente, uma sessão conjunta entre a EAU e urologistas de países de língua portuguesa poderia aproximar as sociedades e aumentar a participação mútua em eventos oficiais. Dr. Stenzl considerou a ideia muito interessante, tendo em vista que o Brasil é o único país da América Latina no qual o idioma oficial é a língua portuguesa. Contexto semelhante é vivido pelos países europeus que têm o alemão como língua oficial. Segundo o secretário-geral da EAU, programas científicos conjuntos entre Alemanha, Áustria e Suíça foram muito bem avaliados pelos urologistas participantes na Europa. Dr. Averbeck enfatizou que a sessão conjunta com a EAU deve ter seus resultados avaliados em médio e longo prazo, com vistas a estabelecer o impacto na participação de urologistas brasileiros e de outros países no congresso anual da EAU.
Ao final, Dr. Torres e Dr. Averbeck solicitaram à EAU que reconsidere a possibilidade de trazer novamente a inscrição com desconto para urologistas brasileiros que desejam se tornar membros da EAU. Essa foi uma iniciativa muito positiva realizada por período limitado (uma ou duas semanas) concomitantes com os eventos oficiais da SBU. A gerente executiva Jacqueline Roelofswaard mencionou que, atualmente, a EAU oferece apoio nas taxas de adesão, com base na classificação do Banco Mundial. Se o seu país for classificado como país B (economia de renda média-alta), um apoio 20% na taxa de membership é ofertado. Dr. Averbeck solicitou que essa informação seja amplamente divulgada para os membros da SBU. Dr. Roni Fernandes também expressou a importância de restabelecermos um benefício ainda mais substancial, mesmo que por tempo limitado, para que possamos aproximar ainda mais os urologistas brasileiros da EAU.
Dr. Márcio Averbeck, diretor da Comissão de Relações Internacionais da SBU
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