Fisioterapia pélvica faz parte do tratamento da incontinência urinária

A fisioterapia pélvica é uma linha de tratamento conservador, podendo estar associada ou não com o tratamento farmacológico, ou até mesmo cirúrgico, dos distúrbios miccionais.

Nela se utiliza a terapia comportamental, faz-se uma análise dos sintomas do paciente com relação ao dia a dia, com intuito de modificar os hábitos miccionais.

Utilizando o diário miccional, o paciente realiza um automonitoramento dos dados miccionais durante as 24h de três dias, registrando os horários, volume de urina, frequência das micções, frequência do uso de absorventes, episódios de incontinência (perda de urina) e a ingesta de líquidos, promovendo uma reeducação de seus hábitos urinários.

A reeducação vesical são micções programadas com o aumento progressivo de intervalos. Estratégias de controle do desejo miccional, orientações de dieta e ingesta hídrica também fazem parte.

Os exercícios de assoalho pélvico, após a avaliação realizada pelo biofeedback eletromiográfico (equipamento que avalia as condições dos músculos do assoalho pélvico), partem de contrações voluntárias e repetitivas, aumentando a força muscular e consequentemente a continência urinária através do estímulo da atividade do esfíncter uretral, reforçando o reflexo de contração do assoalho pélvico, levando à inibição da contração do detrusor (músculo da bexiga).

A eletroestimulação (estimulação do nervo tibial posterior da perna) é a estimulação elétrica de um nervo, através de eletrodos de superfície (na pele), inibindo a atividade vesical pela despolarização das fibras aferentes somáticas sacrais e lombares, resultando na resposta motora e sensitiva pelo estímulo na região do nervo tibial posterior.

Dra. Daniele Varela – fisioterapeuta pélvica, Porto Alegre, RS