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30/04/2018

A importância de discutir a relação conjugal e sexual

O primeiro passo é fazer um autoquestionamento sobre as expectativas depositadas na outra pessoa e então dialogar para ver se as expectativas estão correspondendo e, se não, buscarem a compreensão dos possíveis caminhos”

Muita gente foge de discutir o relacionamento. Discutir já é ruim, e se o relacionamento precisa de debate, algo vai muito mal… pelo menos para um dos dois do casal.

Falar sobre as expectativas e expor pontos que precisam ser melhorados é fundamental para um bom relacionamento. Se não existe discussão entre o casal, pode ser sinal de que algum dos dois esteja se anulando e abaixando demais a cabeça. Isso nunca será útil para o futuro da relação.

Conversar de modo aberto serve para criar e fortalecer os vínculos, expor os gostos, desgostos, e assim criar as conexões que são o grande alicerce de uma relação a dois. Mas nem sempre é assim que acontece. Muitas pessoas se casam ou entram em relações sem conversarem sobre as necessidades dos envolvidos. Nossa cultura não incentiva essa troca de informações e de exposição aos sentimentos de maneira saudável e construtiva.

Se um casal não é ensinado a conversar sobre a vida cotidiana, sobre planos do casal, será que falam sobre sexo?

O sexo, as atividades sexuais, os comportamentos sexuais são os últimos a serem conversados entre o casal. O problema nasce na ideia de que sexo é natural e não precisaria ser aprendido. Mas o fato é que precisa ser aprendido e quando falamos de sexo não nos referimos ao sexo “natural”, que seria a reprodução, o ter filhos. Esse ponto o casal fala, planeja e até busca superar problemas sexuais procurando ajuda para terem filhos sob fertilização assistida, de modo que nem precisem fazer sexo. Então, continua o problema sexual.

O que muitos casais precisam entender é que essa omissão não muda sentimentos e perturbações, pelo contrário.

O sexo será mais complicado com a falta de conversa sobre vontades e necessidades. Expor fantasias sexuais é algo extremamente importante para os casais que consideram o sexo importante.

Claro que muitos casais existem com outras bases e não o relacionamento sexual. O sexo pode ser algo que fica fora do acordo de relacionamento de casal… o viver socialmente pode ser mais importante.

O grande ponto-chave para que a comunicação com o outro seja saudável é reconhecer que cada um saiba o que se espera de si na conversa para colocar ao outro. O primeiro passo é fazer um autoquestionamento sobre as expectativas depositadas na outra pessoa e então dialogar para ver se as expectativas estão correspondendo e, se não, buscarem a compreensão dos possíveis caminhos.

Falar sobre sexo, em adultos, não pode conter formas infantilizadas para referir os genitais e as atividades sexuais. Sexo adulto é sexo! Para falar de sexo, tem que se usar as palavras que significam sexo! Se achar que são palavras sujas, o problema é individual e merece algum tempo de psicoterapia para poder dirigir-se a sexo de modo saudável e útil para si, e então para o casal.

Falar de sexo não corresponde ao estereótipo de perguntar depois do sexo: “foi bom para você também?” Na verdade, implica primeiro afirmar o quanto se sentiu satisfeito com o que acabaram de fazer. É papel do outro responder na mesma altura!

O problema maior dos casais é que não têm o hábito de dialogar. Assim, terão grandes dificuldades em produzir uma conversação saudável e útil para a melhora e futuro do casal.

A comunicação do casal, o discutir a relação precisam ser pautados num projeto de futuro do casal. Esse projeto precisa incluir as atividades sexuais, compreender que elas são desenvolvidas neste casal, construídas, planejadas e testadas para saberem o que querem, o que podem e o que conseguem fazer sobre sexo.

Oswaldo M. Rodrigues Jr. e Carla Zeglio, psicólogos – São Paulo, SP.

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