Injeções penianas para disfunção erétil
“Desta forma, é uma alternativa ou um tratamento intermediário entre a falha do comprimido e o implante de uma prótese peniana”
A utilização de injeção peniana para provocar uma ereção foi descoberta em 1982 por um médico francês, professor Ronald Virag, e rapidamente ganhou popularidade como forma de tratamento para a disfunção erétil no meio urológico. Portanto, desde a era moderna da medicina sexual, quando se passou a compreender a fisiologia da ereção, é uma das formas mais antigas de tratamento.
As próteses penianas, do jeito que as conhecemos, foram desenvolvidas a partir de 1972, e os comprimidos de uso oral entraram no mercado a partir de 1998.
As injeções não alcançaram tanta popularidade, por serem injetáveis e por terem que ser feitas pelo próprio paciente ou por sua/seu parceira (o), daí restringindo o número de pacientes que aceitam ser tratados dessa forma. A baixa divulgação desse método de tratamento também decorre do fato de que para sua utilização é necessário que o médico ofereça, oriente e tenha controle dos pacientes que venham a utilizá-lo.
Esse controle é muito importante para procurar prevenir e evitar as possíveis complicações, sendo as principais o priapismo, que é uma ereção prolongada e dolorosa, e a fibrose do tecido cavernoso, que pode determinar uma curvatura peniana.
Quando optar pela injeção?
Estimativas indicam que cerca de 20% dos homens a quem esse tipo de tratamento é oferecido passam a utilizá-lo de forma habitual. Aqueles que se adaptam o utilizam com muita satisfação e sucesso durante anos e não querem outra forma de se tratar. Geralmente ele deve ser utilizado quando o paciente não apresenta mais uma resposta favorável ao uso dos comprimidos orais, ou para aqueles que apresentam significativos efeitos colaterais com seu uso.
Desta forma, é uma alternativa ou um tratamento intermediário entre a falha do comprimido e o implante de uma prótese peniana. Existem várias drogas para esse uso, sendo as principais a prostaglandina, a papaverina e a fentolamina. Geralmente, são utilizadas em associação com duas ou mais drogas, o que potencializa seus resultados e reduz seus efeitos colaterais. Essas associações são variáveis também nas concentrações dessas substâncias, o que faz com que haja um grande número de alternativas de formulações.
Assim, é importante que esses pacientes sejam sempre muito bem orientados e acompanhados por seu médico para que possam obter o melhor resultado. Como já dito, existem possíveis complicações, apesar de ocorrerem menos frequentemente quando existe um bom acompanhamento do paciente por seu médico.
Portanto, o seu uso deve ser muito bem avaliado, procurando ser evitados naqueles casos de pura ansiedade de performance, pacientes jovens e nos casos de ejaculação precoce. Investigação cuidadosa deve ser feita nessas situações para a utilização desse tratamento.
Dr. Roberto Campos – Rio de Janeiro, RJ
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