Se o espermograma estiver alterado, o homem é infértil?
Resultados precisam ser avaliados por urologista para verificar a necessidade de tratamentos de reprodução assistida
Buscando formar ou aumentar a família, o casal se submete a vários exames para checar sua fertilidade e programar a vinda de um bebê. Neste cenário, muitos casais se deparam com um espermograma anormal. E agora? Não poderão ter filhos?
“Até porque 25% dos pacientes que têm resultados normais de espermograma não conseguem engravidar a parceira por causas que precisam ser investigadas”
Um resultado alterado no espermograma não é sinônimo de que um homem não possa ser pai. Alguns tratamentos de reprodução assistida podem tornar possível o sonho da paternidade.
Para isso, é fundamental que, frente a uma alteração no espermograma, o homem procure um urologista que atue nessa área para avaliar os resultados e indicar se há tratamentos que possam auxiliar esse casal. Até porque 25% dos pacientes que têm resultados normais de espermograma não conseguem engravidar a parceira por causas que precisam ser investigadas.
Primeiro passo
Primeiramente o urologista realiza o diagnóstico do problema. O diagnóstico é baseado no resultado do espermograma e exames adicionais, quando necessário, anamnese e exame físico.
Dependendo da patologia diagnosticada, irá sugerir tratamentos cirúrgicos ou clínicos. Por exemplo: se o espermograma apontou baixa quantidade de espermatozoides, é necessário verificar se a causa é hormonal, cujo tratamento é medicamentoso, ou em virtude de varicocele (varizes nos testículos) – que tem tratamento cirúrgico.
Em alguns casos em que não se aplicam tratamentos cirúrgicos ou com remédios, a alternativa é recorrer aos tratamentos de reprodução assistida. Aqui, a investigação se estende ao casal para a indicação da melhor técnica de acordo com a saúde de ambos.
Tratamentos de Reprodução Assistida
Inseminação intrauterina: Consiste na concentração do número de espermatozoides e posicionamento destes no interior do útero no momento da ovulação, promovendo as condições perfeitas para a fecundação. Homens com disfunções ejaculatórias podem se beneficiar desta técnica.
Fertilização in vitro: Após a coleta de óvulos e sêmen, é realizada a fecundação em laboratório, com formação de um embrião, que posteriormente é transferido para o útero para ser gestado. Esta técnica permite que homens com baixa produção espermática possam ser pais, já que só necessita de somente um espermatozoide viável para gerar um embrião.
Biópsia de testículo, punção de testículo e epidídimo: para obtenção de espermatozoides viáveis para realização de fertilização in vitro. Pacientes com ausência de espermatozoides (azoospermia) no espermograma podem ser submetidos a estas técnicas, de acordo com o diagnóstico.
Congelamento de sêmen: É possível congelar o sêmen para posteriormente utilizar em técnicas como inseminação artificial e/ou fertilização in vitro. É indicado para pacientes que vão realizar quimioterapia e/ou radioterapia e pretendem ser pais após o tratamento do câncer.
Dr. Fábio Pasqualotto – Caxias do Sul, RS
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